Recategorização da REJ

Aconteceu ontem 22/10 a reunião preparatória convocada pela Câmara com as comunidades atingidas pela REJ (Reserva Ecológica da Juatinga), o objetivo foi ouvir essas comunidades sobre a proposta de Recategorização feita pelos Órgãos Ambientais:
- Em primeiro lugar quero falar sobre a forma desrespeitosa com que esses Órgãos tratam a população e por consequência a Câmara Municipal. Eles não explicam o que querem, não informam nada e vão administrando as questões do Município da forma que bem entendem, deixando a população confusa e em alguns casos desunida, afirmou Luciano Vidal.
Os Órgãos Ambientais convocaram as comunidades para uma reunião na Casa da Cultura dia 24/10 às 14 horas onde pretendem apresentar a proposta de recategorização. Segundo Vidal a Câmara já tem a sua posição e vai usar da condição de representante do povo de Paraty para se manifestar.
- Somos contra qualquer tipo de alteração que mude a configuração da APA, já assistimos a esse filme antes, depois ficam sobrepostos uma série de poderes e as pessoas não conseguem mais resolver nada, comentou Vidal.
Participaram da reunião os Vereadores Vidal, Picó, Lulu, Tekinho, Dr.Fernando e Sanica. Moradores de Mamagua e Paraty-Mirim. Todos são contrários à recategorização e estarão na reunião para propor as seguintes medidas:
1 – Consulta Pública sobre a proposta dos Órgãos Ambientais.
2 – Extinção da REJ e das restrições a Paraty-Mirim
3 – Manter a configuração de APA e consulta sobre como vai funcionar a Unidade de Conservação. Sempre obedecendo a Lei 9985/2000 do SNUC.
4 – Manter informadas autoridades Municipais, Estaduais e Federais sobre estas ações.
5 – Impetrar ações jurídicas caso fracassem as negociações com os Órgãos Ambientais.
As Comunidades de Mamangua e Paraty- Mirim compareceram a reunião e se mostraram contrarias a qualquer mudança na atual configuração, também denunciaram ações que estão boicotando as Associações de Moradores.

- Parece que ainda estamos vivendo na ditadura, as coisas são impostas, a cada momento é uma coisa nova. O Povo está cansado e disposto a brigar pelos seus direitos. Um homem não pode valer menos que um sapo ou uma árvore. Os Órgãos Ambientais não conseguem nem cuidar do que tem, veja a situação de Trindade onde eles tiraram as barracas e hoje as praias estão servindo de banheiro público e turismo selvagem, desabafou Catiana, Presidente da Associação de Moradores de Mamangua.

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