Em Paraty, quem precisa de um atendimento urgente fica na boca do jacaré. Há alguns anos atrás, um morador da zona costeira morreu por uma picada de cobra porque chegou tarde demais à Santa Casa. E chegou tarde demais porque a tanto a Defesa Civil como o Corpo de Bombeiros e a Marinha dispõem de lanchas para atender a emergências da população, mas alegaram que elas estavam inoperantes. Bem, diriam alguns, isso foi coisa do passado. Afinal, recentemente, a Defesa Civil ganhou da Prefeitura uma lancha novinha em folha para esse tipo de assistência, que foi até exposta em frente à Sectur, com uma faixa exaltando a Prefeitura e sua atenção ao contribuinte. Mas, na semana passada, um morador do Pouso da Cajaíba acordou de madrugada com o filho em crise convulsiva e enfrentou a mesma omissão, por parte desses órgãos. Primeiro, ele ligou para o telefone 192, que caiu em todos os lugares - na Guarda Municipal, Defesa Civil, Santa Casa e até numa central de atendimento do Rio de Janeiro - menos no Samu de Paraty. Em seguida, ele acionou a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Marinha, que o jogaram pra lá e pra cá, alegando que suas embarcações estavam quebradas. E, quando conseguiu chegar à Santa Casa, numa lancha emprestada, ainda teve que enfrentar um segurança para obter o atendimento de que precisava para o filho. Em vista disso, o vereador Vidal solicitou informações aos sistemas de segurança e de saúde pública municipal, estadual e federal sobre a responsabilidade pelo atendimento a emergências na orla marítima de Paraty. Veja o requerimento.
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